Fungo da Amazônia que Come Plástico: A Descoberta que Pode Salvar o Planeta

Valeriense

julho 7, 2025

07 de julho de 2025 | Por Redação Valeriense.com

A Floresta Amazônica, conhecida por sua riqueza natural, acaba de revelar mais um de seus segredos surpreendentes: um fungo capaz de consumir plástico, o que pode representar um grande avanço no combate à poluição mundial.

Uma Solução Biológica Contra o Plástico

Pesquisadores da renomada Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram um fungo endêmico da Amazônia equatoriana com uma habilidade inédita: ele consegue degradar o plástico poliuretano, um dos materiais mais difíceis de se decompor na natureza.

A espécie, batizada de Pestalotiopsis microspora, foi encontrada na Floresta Nacional de Yasuni, uma das áreas mais biodiversas do planeta. Segundo os cientistas, o fungo não apenas se alimenta do plástico, mas consegue sobreviver usando o material como sua única fonte de carbono — mesmo em ambientes sem oxigênio, como aterros sanitários.

Como Funciona o Fungo que Come Plástico

O Pestalotiopsis microspora age liberando enzimas que quebram as cadeias do plástico, transformando o material em compostos orgânicos, como biomassa ou dióxido de carbono (CO₂). Esse processo, conhecido como biodegradação, pode ocorrer mesmo em condições adversas, o que torna o fungo uma promessa real para enfrentar a poluição plástica em larga escala.

De acordo com estimativas, o poliuretano está presente em milhares de produtos de uso cotidiano, como solados de calçados, peças automotivas, estofados, tintas e isolantes. Por ser resistente e de difícil degradação, esse material contribui significativamente para a crise do lixo plástico.

Por que Essa Descoberta é Importante?

A poluição plástica é considerada uma das maiores ameaças ambientais da atualidade. Segundo dados da ONU, cerca de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos, e grande parte acaba nos oceanos, rios e solos, comprometendo ecossistemas inteiros.

Com a descoberta do fungo amazônico, surge uma alternativa sustentável que pode complementar as ações de reciclagem e reduzir o impacto ambiental. Além disso, o estudo reforça a importância da conservação da Amazônia, que ainda abriga inúmeras espécies desconhecidas com potencial biotecnológico.

Potenciais Aplicações e Próximos Passos

Apesar da descoberta ser animadora, ainda são necessários novos estudos para viabilizar o uso do fungo em escala industrial. Entre os desafios estão:

  • Isolar e reproduzir as enzimas responsáveis pela degradação do plástico;
  • Garantir a eficácia em ambientes variados, como lixões, oceanos ou estações de tratamento;
  • Avaliar possíveis impactos ecológicos antes de liberar o fungo em ambientes naturais.

Empresas de biotecnologia e governos já demonstraram interesse em financiar pesquisas sobre o uso de microrganismos para solucionar o problema do lixo plástico, o que inclui o estudo de outros fungos e bactérias com habilidades semelhantes.

Amazônia: Berço de Soluções para o Futuro

A descoberta do Pestalotiopsis microspora reforça a importância estratégica da Floresta Amazônica, não apenas como um patrimônio natural, mas como uma fonte de soluções para os desafios globais. Preservar esse ecossistema pode ser a chave para avanços científicos que beneficiem toda a humanidade.

Conclusão

Embora ainda seja cedo para afirmar que o fungo amazônico resolverá sozinho o problema do plástico, sua existência é uma prova de que a natureza pode ser nossa maior aliada na luta por um planeta mais limpo e sustentável.

Você já conhecia essa descoberta? Acredita que a ciência pode, de fato, virar o jogo contra a poluição? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe esta notícia com quem também se preocupa com o meio ambiente.

Deixe um comentário